Blog de Alcides Santos

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terça-feira, março 24, 2009

AS 50 MAIORES MENTIRAS DO MUNDO

Selecionamos as 50 maiores mentiras que a maioria das pessoas já disse alguma vez na vida!Texto enviado por Edson Ferreira - São Paulo

01 - Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
02 - Não nos procure, nós o procuraremos.
03 - Pode deixar que eu te ligo.
04 - Puxa, como você emagreceu!
05 - Fique tranqüilo, vai dar tudo certo!
06 - Quinta-feira, sem falta, o seu carro vai estar pronto.
07 - Pague a minha parte que depois eu acerto contigo.
08 - Eu só bebo socialmente.
09 - Isso é para o seu próprio bem.
10 - Eu estava passando por aqui e resolvi subir.
11 - Estou te vendendo a preço de custo.
12 - Não vou contar pra ninguém.
13 - Não é pelo dinheiro, é uma questão de princípios.
14 - Somos apenas bons amigos.
15 - Que lindo é o seu bebê.
16 - Pode contar comigo!
17 - Você está cada vez mais jovem.
18 - Eu nem reparei que você usava peruca.
19 - Nunca broxei antes.
20 - Você foi a melhor transa que eu já tive.
21 - Não contém aditivos químicos.
22 - Estou sem troco, leve um chiclete.
23 - Obrigado pelo presente, era exatamente o que eu estava precisando.
24 - Não se preocupe, essa roupa não vai encolher.
25 - Não se preocupe, essa roupa vai lacear.
26 - Essa roupa é a sua cara.
27 - Eu não pude evitar.
28 - Tudo o que é meu, é seu.
29 - A inflação vai cair.
30 - Eu não sou candidato.
31 - Só vou pôr a cabecinha.
32 - O trabalho engrandece o homem!
33 - Isso nunca aconteceu comigo.
34 - Isto vai doer mais em mim do que em você.
35 - Dinheiro não traz felicidade.
36 - Você sempre foi a única.
37 - Pode ir que vou depois.
38 - Eu nem estava olhando.
39 - Que bom que você já arrumou outra, estou feliz.
40 - A amizade é o que importa.
41 - Juro que não estava sabendo.
42 - Não fui eu que contei.
43 - Está perfeito!
44 - Esse carro nunca foi batido, só fica na garagem.
45 - Não folga que sou do jiu-jitsu.
46 - Eu liguei, mas ninguém atendeu.
47 - Beleza e dinheiro não importam, e sim estar feliz.
48 - Ela era virgem quando a conheci.
49 - Nunca te traí.
50 – Eu nunca falei nenhuma dessas mentiras acima
Publicado no site “e-farsas.com.br”

MARANHÃO, A GALÁPAGOS BRASILEIRA

Por Jackson Lago em 17/2/2009 (*)

Arma-se um golpe no Maranhão. Trama-se, nos bastidores, um golpe contra a democracia. O objetivo é a reintegração de posse de um feudo político, o usucapião vitalício e hereditário do Maranhão. Melhor seria decretar o território maranhense a nossa Galápagos política. Lá, fica revogada a alternância de poder.
Proíba-se a imprensa nacional de perscrutar nossa história. Na Galápagos só entram os cientistas políticos, curiosos para estudar algumas espécies raras, extintas no território nacional e que ainda vicejam no Maranhão. O velho oligarca, a filha do oligarca, onde mais no país, senão na nossa Galápagos, podemos estudar com darwiniana curiosidade tão raros exemplares da evolução política brasileira?
Arma-se um golpe no Maranhão, como se não houvesse juízes em Brasília. Alega-se desequilíbrio na disputa, por conta de convênios legalmente firmados entre o governo do estado e municípios. Imputa-se a mim, candidato sem mandato, sem cargo público, sem tempo no horário eleitoral, imputa-se a mim esse desequilíbrio. Mas, na nossa Galápagos, não é desequilíbrio que o grupo familiar de uma candidata seja proprietário de 90% de toda a mídia do estado. Não desequilibra o pleito que o Fórum da capital tenha o nome do pai e o Tribunal de Contas do estado ostente o nome da filha. Em nome do pai e da filha e do santo espírito da democracia, nada perturba nossa Galápagos.

Médico e funcionário público
Nomeiam hospitais, escolas, pontes, centros administrativos, ginásios de esporte, vilas e até municípios. Criou-se até o gentílico sarneyense, para quem nasce no município de Presidente Sarney. Contra a lei, contra a moral, contra tudo.
Constrange-se o próprio presidente da República, que em seis anos de mandato nunca pisou em nossa capital e jamais inaugurou uma obra no Maranhão. Não, isso não desequilibra nenhuma disputa. É assim mesmo na nossa Galápagos.
Dediquei quarenta anos de lutas enfrentando a mais formidável máquina de desinformação. Fundei um partido, o PDT, no qual estou até hoje. Estive no seu nascedouro, signatário da Carta de Lisboa, juntamente com Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Francisco Julião e Neiva Moreira.
Combati o golpe militar em defesa das liberdades democráticas.
Na política estadual, concorri a vários cargos públicos para o Legislativo estadual e federal. Denunciei a situação de miséria do camponês maranhense, sonhei e lutei pela anistia e disputei várias eleições, com derrotas e vitórias. Por três vezes, nossa capital me fez o seu prefeito. Saí de todos os mandatos com o patrimônio de médico e funcionário público. Não me fiz sócio de qualquer empreendimento, em busca de vantagens.

Decisões judiciais antecipadas
Em 1994, disputei o governo estadual e obtive 21% dos votos. Contava, na ocasião, com o apoio de dois dos 217 prefeitos do Estado. Em 2002, ainda na oposição ao governo do estado, obtive 42% dos votos para governador. Finalmente, em 2006, com o lema "Trabalho, Saúde e Educação para Libertar o Maranhão", obtive 34,36% dos votos no primeiro turno, o que permitiu unir os demais candidatos na Frente de Libertação do Maranhão que finalmente liberou nosso estado sofrido e exausto do domínio oligárquico de mais de 40 anos.
O Maranhão deu seu grito de liberdade! Seguimos o nosso objetivo de criar melhores condições de vida para o nosso povo. Construí, em dois anos, 160 escolas públicas, afrontando as três escolas que Roseana Sarney fez em 7 anos e 4 meses de mandato. Pavimentei mais de 2 mil quilômetros de asfalto. Vamos inaugurar em breve o primeiro hospital de emergência/urgência no interior do estado. Nas últimas eleições, o estado confirmou o ocaso oligárquico, elegendo 70% dos prefeitos dos partidos da Frente de Libertação.
Essa votação expressa o natural repúdio do povo maranhense a tantos anos de atraso. No entanto, sou acusado, no Tribunal Superior Eleitoral, de abuso de poder econômico e de mídia. Pasmem, sou acusado, pelo grupo Sarney, de abuso de poder econômico e de mídia!
Fabricam provas, corrompem testemunhas, pregam verdadeiro terrorismo no estado, jactando prestígios, antecipando decisões judiciais. Quousque tandem?
Tenho um olho na Justiça, na qual confio, e outro no povo maranhense, fiador do meu destino. Em contrição, soletro os versos gonçalvinos:
"A vida é combate, que aos fracos abate, aos fortes, aos bravos, só pode exaltar."
(*) Publicado no Sítio do Observatório da Imprensa.

domingo, março 22, 2009

Eu matei o Padre Ramiro *


* Crônica de Fernando Farias

Publicado no blog de Fernando Farias (http://fernandofarias7.blogspot.com/)


Comove a ironia do destino. O assassinato do padre espanhol Ramiro Ludeño, numa tentativa de assalto. Justamente por um jovem de 15 anos que queria dinheiro para pagar dívidas com o tráfico de drogas.

Padre Ramiro foi morto justamente por um daqueles milhares de jovens que ele tanto ajudou durante 21 anos. Mas o rapaz não sabia disso, nem o povo de Pernambuco, era apenas um velho homem dirigindo um carro num bairro pobre.

Lembro do entusiasmo com que ele me mostrava as dependências de sua entidade voltada a apoiar jovens pobres em conseguir uma profissão e se libertarem do crime e das drogas.

“Meu trabalho é fazer esta meninada sonhar com um futuro diferente”. Repetia ao final de cada monologo que eu ouvia pacientemente.

Tenho certeza, sou capaz de jurar, que Padre Ramiro não condenaria o jovem que o matou. Com certeza reclamaria muito do rapaz, com aquela sua dicção espanhola engraçada, por ter atrapalhado a continuidade do trabalho de recuperar outros jovens e o convidaria a trabalhar na criação de animais em um sítio que mantinha no bairro do Curado.

Padre Ramiro era um faxineiro, tentava limpar o que a sociedade sujava nas mentes de nossos jovens. Lutava contra o tráfico, a policia corrupta, os governos indiferentes e pessoas como eu, que vê uma juventude desesperada e nada fazemos.

Eu fui um dos matadores do padre Ramiro. O governador também. O leitor também. E vamos continuar apenas observando, indiferentes, até chegar a nossa vez de encontrar pela frente um jovem de 15 anos drogado.

terça-feira, março 17, 2009

Deus tem sempre uma resposta positiva

Para cada pensamento negativo nosso, Deus tem uma resposta positiva:
Você diz: "Isso e impossível" Deus diz: "Tudo e possível"(Lucas 18:27)
Você diz: "Eu já estou cansado" Deus diz: "Eu te darei o repouso"(Mateus 11:28-30)
Você diz: "Ninguém me ama de verdade" Deus diz: "Eu te amo"(João 3:16 & João 13:34)
Você diz: "não tenho condições" Deus diz: "Minha graça é suficiente"(II Coríntios 12:9)
Você diz: "Não vejo saída" Deus diz: "Eu guiarei teus passos"(Provérbios 3:5-6)
Você diz: "Eu não posso fazer" Deus diz: "Você pode fazer tudo"(Filipenses 4:13)
Você diz: "Dói" Deus diz: "Eu te livrarei da angustia"(Salmos 90:15)
Você diz: "Não vale a pena" Deus diz: "Tudo vale a pena" (Romanos 8:28)
Você diz: "Eu não mereço perdão" Deus diz: "Eu te perdôo"(I Epistola de João 1:9 & Romanos 8:1)
Você diz: "Não vou conseguir" Deus diz: "Eu suprirei todas as suas necessidades"(Filipenses 4:19)
Você diz: "Estou com medo" Deus diz: "Eu não te dei um espírito de medo" (II Timóteo 1:7)
Você diz: "Estou sempre frustrado e preocupado" Deus diz: "Confiai-me todas as suas preocupações"(I Pedro 5:7)
Você diz: "Eu não tenho talento suficiente" Deus diz: "Eu te dou sabedoria"(I Coríntios 1:30)
Você diz: "Não tenho fé" Deus diz: "Eu dei a cada um uma medida de fé"(Romanos 12:3)
Você diz: "Eu me sinto só e desamparado" Deus diz: "Eu nunca te deixarei nem desampararei" (Hebreus 13:5).

segunda-feira, março 16, 2009

Cacete não é santo, mas é um santo remédio

José Adalberto Ribeiro
joseadalbertoribeiro@hotmail.com

Oxente, que idéia maluca é essa de fichar a macacada para entrar nos campos de futebol!? Daqui a pouco vão pedir uma nova identidade para eu entrar no Parque da Jaqueira, no Parque Lindu, no Bompreço dos Aflitos, no Shopping Plaza, na farmácia dos pobres, na farmácia dos ricos, na casa da mãe de pantanha ...
Além de inútil, é ilegal, imoral e só engorda a burocracia.
Quando eu crescer, Deus me livre de ser troglodita de futebol.
Reconheço que sou um intelijumento em matéria de futebol. Mas, eu tive uma idéia genial, modéstia à parte, para combater a violência nos estádios. Inspirei-me na sabedoria proverbial de que “Cacete não é santo, mas opera milagres”.
À semelhança da famigerada “farra do boi”, proponho uma espécie de “farra dos torcedores alucinados”. Seguinte:
Todos os integrantes de torcidas organizadas e torcedores trogloditas devem ser convocados, às vésperas dos jogos, para se engalfinhar, se arrebentar, em lutas livres nos estádios, na base de chutes, socos, pontapés, pauleira em geral. Devem ser distribuídos por categoria juvenil, adulto, de 25 a 30 anos, de 30 a 40, velhotes, homens, mulheres.
Antes de cada pugilato, os rivais fariam uma sessão de xingamentos para esquentar os ânimos, na base dos palavrões, ofensas, um descarrego geral de baixarias.
Haverá ainda mais shows de pauleira nas arquibancadas, cadeiras e camarotes, ao gosto dos fregueses. Os brigões agirão por sua livre e espontânea maldade.
Se desejarem, os diretores de clube também poderão fazer reuniões preparatórias na base de insultos, ofensas e agressões. Aliás, esse tipo de reuniões já ocorre normalmente. Deveriam ser mais estimuladas pelas autoridades para matar o veneno das cobras.
Torcidas trogloditas, organizadas ou não, entrarão no corpo a corpo em lutas ferozes. Ao final do segundo tempo de 45 minutos, em meio a escoriações, hematomas, costelas e pernas quebradas, serão proclamados os vencidos e vencedores. Poderá haver prorrogação para desempates na base de caneladas.
Cadê o valentão?! Os vencedores serão presos e ficarão felizes, porque lugar de marginal é na cadeia. Os feridos não poderão ser atendidos pela rede pública, mesmo porque as unidades de saúde do governo funcionam na base do caos e não seria justo sobrecarregar ainda mais esses serviços.
A macacada pergunta qual deve ser o papel da polícia nesta jornada cívica e cultural. Eu vos direi: a bordo dos seus cassetetes turbinados, os policiais estarão posicionados na arena das lutas livres, nos gramados, nas arquibancadas, nas entradas e saídas dos estádios de futebol. E serão convidados de honra nas reuniões das torcidas organizadas. Os cassetetes cumprirão a função terapêutica de amaciar o lombo dos torcedores mais exaltados.
Você, magnânimo leitor, politicamente correto, acredita que a polícia poderá cometer alguns excessos?
As cenas serão gravadas para exibição em programas educativos tipo “A bronca pesada” do terapeuta Cardinot e similares. Graça Araújo, famosa e formosa criatura, será eleita corregedora social para passar em revista o comportamento das tropas, diplomáticas e gentis pela própria natureza.
Eu sou da paz e esta é uma proposta da paz. Os cassetetes são dedicados aos baderneiros porque eles só entendem essa linguagem.
Ao relinchar nos estádios e nas ruas, os novos bárbaros das torcidas organizadas propagam a cultura da intolerância, propagam o espírito antiesportivo que não admite os contrários nem admite perder. A intolerância é a raiz da violência.
O arcebispo José Cardoso Sobrinho, o cabeção, deveria excomungar esses trogloditas. São todos uns hereges.
E que os cassetetes no lombo dos arruaceiros e baderneiros sejam saudados como emissários pacifistas.
E assim reinará a santa paz nos campos de futebol.

quarta-feira, março 11, 2009

A Excomunhão da Vítima

I Peço à musa do improviso / Que me dê inspiração, / Ciência e sabedoria, / Inteligência e razão, / Peço que Deus me proteja / Para falar de uma igreja / Que comete aberração.

II Pelas fogueiras que arderam / No tempo da Inquisição, / Pelas mulheres queimadas / Sem apelo ou compaixão, / Pensava que o Vaticano / Tinha mudado de plano, / Abolido a excomunhão.

III Mas o bispo Dom José, / Um homem conservador, / Tratou com impiedade / A vítima de um estuprador, / Massacrada e abusada, / Sofrida e violentada, / Sem futuro e sem amor.

IV Depois que houve o estupro, / A menina engravidou. / Ela só tem nove anos, / A Justiça autorizou / Que a criança abortasse / Antes que a vida brotasse / Um fruto do desamor.

V O aborto, já previsto / Na nossa legislação, / Teve o apoio declarado / Do ministro Temporão, / Que é médico bom e zeloso, / E mostrou ser corajoso / Ao enfrentar a questão.

VI Além de excomungar / O ministro Temporão, /Dom José excomungou / Da menina, sem razão, / A mãe, a vó e a tia / E se brincar puniria / Até a quarta geração.

VII É esquisito que a igreja, / Que tanto prega o perdão, / Resolva excomungar
médicos / Que cumpriram sua missão / E num beco sem saída / Livraram uma pobre vida / Do fel da desilusão.

VIII Mas o mundo está virado / E cheio de desatinos: / Missa virou presepada, / Tem dança até do pepino, / Padre que usa bermuda, / Deixando mulher buchuda / E bolindo com os meninos.

IX Milhões morrendo de Aids: / É grande a devastação, / Mas a igreja acha bom / Furunfar sem proteção / E o padre prega na missa / Que camisinha na lingüiça / É uma coisa do Cão.

X E esta quem me contou / Foi Lima do Camarão: / Dom José excomungou / A equipe de plantão, / A família da menina / E o ministro Temporão, / Mas para o estuprador, / Que por certo perdoou, / O arcebispo reservou / A vaga de sacristão.

Zé Piaba é Poeta popular

terça-feira, março 10, 2009

Por isso o poliglota nunca é patriota!

“Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro”.

Na língua verdadeiramente reside à nacionalidade; e quem for possuído com crescente perfeição os idiomas da Europa, vai gradualmente sofrendo uma desnacionalização. Não há já para ele o especial e exclusivo encanto da fala materna com as suas influências afectivas, que o envolvem, o isolam das outras raças; e o cosmopolitismo do Verbo irremediavelmente lhe dá o cosmopolitismo do caráter. Por isso o poliglota nunca é patriota.Com cada idioma alheio que assimila introduzem-se-lhe no organismo moral modos alheios de pensar, modos alheios de sentir.

O seu patriotismo desaparece, diluído em estrangeirismo...

Por outro lado, o esforço contínuo de um homem para exprimir, com genuína e exacta propriedade de construção e de acento, em idiomas estranhos - isto é: o esforço para se confundir com gentes estranhas no que elas têm de essencialmente característico, o Verbo – apaga nele toda a individualidade nativa. Ao fim de anos, esse habilidoso, que chegou a falar absolutamente bem outras línguas além da sua, perdeu toda a originalidade de espírito, porque as suas idéias forçosamente devem ter a natureza incaracteristica e neutra que lhes permita serem indiferentemente adaptadas ás línguas mais opostas em carácter e gênio. Devem, de facto, ser como aqueles corpos de pobre, de que cabem bem na roupa de toda a gente.

Além disso, o propósito de pronunciar com perfeição línguas estrangeiras constitui uma lamentável sabujice para com o estrangeiro. Há aí, diante dele, como o desejo servil de não sermos nós mesmos de nos fundirmos nele, no que ele tem de mais seu, de mais próprio – o Vocábulo, Ora isto é uma abdicação de dignidade nacional.

“Não, minha Senhora! Falemos nobremente mal, patrioticamente mal, as línguas dos outros! ...”

Eça de Queiroz em "A Correspondência de Fradique Mendes"

segunda-feira, março 09, 2009

EM DEUS TEMOS PROTEÇÃO

Deus está sempre conosco e nos oferece socorro e proteção.
Deus é o nosso refúgio e a nossa força, socorro que não falta em tempos de aflição.
Por isso, não teremos medo, ainda que a terra seja abalada, e as montanhas caiam nas profundezas do oceano.
Não teremos medo, ainda que os mares se agitem e rujam, e os montes tremam violentamente.
Salmo 46.1-3

O Senhor Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?
O Senhor me livra de todo perigo; não ficarei com medo de ninguém.
Salmo 27.1

Ó Senhor Deus, tu és a minha esperança; nunca deixes que eu sofra a vergonha da derrota.
Ajuda-me e livra-me, pois tu é justo: ouve-me e salva-me.
Salmo 71.1-2

domingo, março 01, 2009

Não Aguento Mais

Orlando Tejo

Eu saí da Paraíba,
Minha terra tão brejeira,
Pra fazer publicidade
Na Veneza Brasileira
Onde a comunicação
É toda em língua estrangeira.

É uma ingrizia só
O jeito de se falar,
O que a gente não compreende,
Passa o tempo a perguntar
E assim como é que eu vou
Poder me comunicar?

É bastante abrir-se a boca
O "inglês" fala no centro,
Nessa Torre de Babel
Eu morro e não me concentro...
Até parece que estamos
De Nova Iorque pra dentro!

Lá naquele fim de mundo
Esse negócio tem vez
Porque quem vive por lá
O jeito é falar inglês,
Mas, se estamos no Brasil
O jeito é falar Português!

Por que complicar a guerra
Em vez de se esclarecer?
Se "folder" é um folheto
E porque assim não dizer?
Pois quem me pedir um "folder"
Eu vou mandar se folder.

Roteiro é "story board"
Nesse vai e vem estrangeiro
Parece até palavrão
Que se evita o tempo inteiro....
Porque seus filhos das putas,
A gente não diz roteiro?

Estão todos precisando
Dos cuidados da Pinel
Será feia a nossa língua?
È chato nosso papel?
Por que esse tal de "out door"
Substituir painel?

É desrespeito à memória
De Camões que foi purista
E esse massacre ao vernáculo
Não agüenta o Repentista
Pois chamam "lay out-man"
O homem que é desenhista!

Matuto da Paraíba,
Aqui juro que não fico,
Onde até se tem vergonha
De um idioma tão rico.
Por que se chamar de "free-lance"
Um sujeito que faz bico?

Publicidade de Rádio
Apelidaram de "spot"
E tem outras besteiradas
Que não cabem num pacote.
Acho que acabou o tempo
De acabar esse fricote!

Por exemplo: "body type"
"Midia","top", merchandising",
"Checking list", "past up"
(Que se diga de passagem)
“Briffing", "Top de Marketing",
Tudo isso é viadagem!

Já é hora de parar
Com esse festival grosso
Para que o nosso idioma
Saia do fundo do poço.
Para isso eu faço esse "raff"
Isto é - perdão ! - esboço!