Blog de Alcides Santos

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segunda-feira, março 06, 2023

06 DE MARÇO - DATA MAGNA DE PERNAMBUCO


A Revolução Pernambucana, ocorrida em 1817, foi o último movimento separatista do período colonial. Está relacionada com a crise socioeconômica que o Nordeste atravessava há quase um século em razão da desvalorização do comércio do açúcar e do algodão brasileiro no mercado externo. Além disso, a presença da família real portuguesa no Brasil aumentou o custo de vida em virtude da cobrança de impostos, o que causou revolta entre os pernambucanos. Os ideais republicanos também colaboraram para que a revolta acontecesse. O governo local foi tomado pelos revoltosos, mas as tropas fiéis ao governo central conseguiram derrotá-los.

Os líderes da revolução foram:

Domingos José Martins;

José de Barros Lima;

Cruz Cabugá;

Padre João Ribeiro.

A Revolução Pernambucana começou em 6 de março de 1817, quando o militar português Manoel Joaquim Barbosa foi assassinado pelo capitão José de Barros Lima, que reagiu à voz de prisão por suposto envolvimento em conspiração contra o governo. Isso fio o estopim para a rebelião que rapidamente dominou o Recife.

O governador da capitania, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, transferiu o governo para o Forte de Brum. Sem forças para reagir à revolta, ele fugiu em direção ao Rio de Janeiro. Os rebeldes assumiram o poder da capitania e instalaram um governo provisório, que tratou logo de adotar medidas que beneficiassem a elite local.

O movimento contou com a participação de vários grupos sociais, como a elite local, militares, comerciantes e padres.

A Revolução Pernambucana desafiou o poder da coroa portuguesa ao questionar as abusivas cobranças de impostos e destacou a insatisfação dos brasileiros com a presença portuguesa em pontos importantes do comando político, econômico e militar do Brasil. Ao tomar o poder no Recife, os rebeldes mostraram a possibilidade de se formar um governo próximo às exigências das revoltas. A Revolução Pernambucana manteve a tradição da capitania de ser um ponto de ebulição política e social.

Fonte: HIGA, Carlos César. "Revolução Pernambucana"; Brasil Escola